Quando vejo um cão de guarda, não sei ao certo como descrevê-lo, mas sei que ele é um cão de função completamente diferente de um cão de companhia. É um cão com um objetivo de vida bem distinto daqueles que vemos em nossas casas, cuja função é fazer companhia a nós, seres humanos.

Quando falamos de guarda, pelo que conheço, estamos nos referindo à proteção. Pratico artes marciais e luto jiu-jitsu para me defender, então entendo que a guarda é algo que temos como segurança, um meio eficaz para cessar um conflito, se necessário. Quando não temos um recurso de defesa, ficamos vulneráveis em situações nas quais seria útil ter um cão de guarda. Esse tipo de cão não pode ser sonolento, preguiçoso ou desobediente; ele precisa ter características alinhadas à função, que refletem o tratamento e a rotina estabelecida com seus donos em casa.

Ao pesquisar “cão de guarda” no Google, aparecem fotos de dobermans, rottweilers, pastores alemães e pitbulls, raças fortes e imponentes. No entanto, como disse anteriormente, o cão de guarda precisa de um cuidado especial, completamente diferente de um cão de companhia. Essas mesmas raças podem ser vistas como inofensivas se forem adequadamente tratadas para não serem agressivas, e, assim, não servirão de forma alguma como meio de defesa em uma situação em que você precise de um cão de guarda.

Analisando os casos que frequentemente vejo como problemas de manejo canino, acredito que o número de pessoas aptas a ter um cão de guarda é ainda menor do que as que acham que podem ter um. Se, para um cachorro de companhia, que exige apenas o suprimento de suas necessidades básicas, muitas pessoas já têm dificuldade em atender a esses requisitos, como conseguirão prover tudo o que um cão de guarda precisa, incluindo uma rotina rigorosa e dedicada?

Escrevo isso não para desencorajar quem deseja ser esse tipo de dono, mas para conscientizar aqueles que possuem um pitbull ou um Staffordshire em casa, olham para ele e esperam que ele desenvolva um instinto de proteção, que dê a vida por seu dono. Isso pode estar completamente fora do alcance do cão, considerando variáveis como seu temperamento, genética, idade e método de treinamento.

Enfim, é isso que penso sobre cães de guarda. É uma função que exige muito tanto do cachorro quanto do dono, mas que, quando bem realizada, gera um resultado magnífico, que não é para qualquer um. Obrigado por lerem.

Vejam outros artigos e fiquem bem.

Facebook
Twitter
LinkedIn