É impressionante o número de depoimentos de pessoas que dizem, alegremente, que têm um cachorro travesso, mas, se você aprofunda um pouco a conversa, elas revelam o lado triste da frustração que sentem ao tentar mudar esse comportamento. É algo que consideram divertido contar entre amigos, mas que, na realidade, é desgastante no dia a dia.
Onde está a raiz desse problema? Posso te dar metade da resposta: ela está no dono.
A outra metade está no cachorro. Um cão bagunceiro é aquele que não escuta os comandos, mas, se fosse apenas isso, não seria tão problemático. O verdadeiro problema é que essa bagunça se manifesta de outras formas, não só como desobediência, mas também como um impulso próprio do cão para fazer coisas destrutivas, como se estivesse “pregando uma peça”.
Muitas pessoas acreditam que seu cachorro age “de propósito” para chamar atenção. Quando ouço isso, já entendo que essa pessoa perdeu o compromisso de ser a responsável por educar o cachorro, que agora se comporta como um verdadeiro “Taz-mania”.
Focando no que você pode fazer – ou seja, no seu próprio papel – tome as rédeas da situação: limite seu cachorro, estabeleça regras e seja firme nelas. No entanto, isso não é fácil; exige esforço e dedicação, como uma dieta ou um treino de musculação.
Já aconteceu muitas vezes de eu explicar a uma pessoa como ela deve lidar com seu cachorro, mas, de algum modo, existe um bloqueio que a impede de ser firme. Ela sente que, ao estabelecer limites, está privando o cachorro de coisas boas, como se ele tivesse direito a tudo que ela mesma tem – e outras crenças semelhantes.
Não preciso nem dizer que, com essa atitude, nada muda: o cachorro continua problemático, e o assunto acaba se tornando apenas mais uma queixa para longas discussões, longas desculpas e apelidos engraçados que tiram sorriso dos ouvintes.
Leiam os outros artigos e fiquem bem. 😌